Jaca e poesia chamam para dançar

Confira aqui os relatos e registros visuais feitos pelo nosso amigo Valdeck, no Sarau do Jaca que aconteceu no dia 12/05/2018.

A edição de hoje do Sarau do Jaca foi inesquecível, como sempre acontece. Tradicionalmente, a cada mês, o encontro acontece. Artistas de todas as partes da cidade se dirigem para Cajazeiras V, especificamente um galpão de fábrica logo após a rótula da cinco. É assim mesmo, endereço em Salvador você encontra pelas referências. E olhe que o boca a boca funciona mais que Google Maps, bem mais eficiente que GPS.

Com as novas avenidas e retirada de várias linhas de ônibus para priorizar metrô, a saída, na maioria das vezes, é mesmo se virando nos trinta, pegando uma carona, ir de bike, a pé, enfim. Só não vale dar desculpa. Porque a cada edição, a poesia se fortalece mais e mais e, quanto cedo você conhecer a quebrada, mais fortalecido(a) você vai se sentir.

Poesia é o mote, recital com microfone aberto, sem ninguém controlando, onde cada qual chega do jeito que pode e sabe, se arrisca a esquecer um verso, improvisa um free style, ou simplesmente leva o texto escrito em papel ou na tela de um celular, como é o meu caso (risos)... Mas se você pensa que esse ar de descontração significa menos compromisso, se enganou. A rajada de palavras é certeira, fruto de pesquisas, leituras, trocas entre poetas, aquela rede tecida pela visão cidadã afrocentrada. Não há censura, se fala de amor com a mesma intensidade; Tabacaria, de Fernando Pessoa foi performado por Luz Preta Marques e Edson Junior, do Grupo Teatro Ayá, aplaudidos de pé.

E teve feirinha de artesanato e roupas maravilhindas da marca FavelÁfrica ModAfro (Luz Marques), Os Mascarados recitando e teatralizando poemas, música de raiz que chamou todo mundo pra roda pra dançar, e mais e mais poesia, banhos de emoções que fizeram a gente esquecer do tempo. O sarau só acabou no dia seguinte, literalmente. Agora, reunir energias para o próximo!

Confira alguns registros em imagem: